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Quinta-feira, 23 de Outubro de 2025

Notícias/Política

Equador reelege presidente Daniel Noboa para segundo mandato

O empresário Daniel Noboa, de 37 anos, vence Luisa González, de 47, candidata da esquerda, por quase 1 milhão de votos.

Equador reelege presidente Daniel Noboa para segundo mandato
Reprodução/Google
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O presidente Daniel Noboa, de 37 anos, venceu com 1 milhão de votos de diferença, neste domingo (13), uma disputa apertada com a candidata da esquerda Luisa González, de 47. Ele assumirá o segundo mandato por mais quatro anos. Com dupla nacionalidade, pois nasceu em Miami, nos Estados Unidos, é afilhado político de Robert Kennedy Jr (secretário de Saúde e Serviços Humanos do governo Donald Trump), ele defende medidas duras para conter a criminalidade que avança no país. Derrotada, Luisa disse não reconhecer o resultado e que pedirá contagem dos votos. Porém, o Conselho Nacional Eleitoral, o equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral do Brasil, confirmou o nome do candidato governista como vitorioso. No segundo mandato, Noboa terá imensos desafios para enfrentar numa região mergulhada em  crise econômica, além de apagões elétricos, instabilidade política e violência disseminada por gangues do tráfico de drogas.

O Equador é considerado, atualmente, o país mais violento da América Latina, registrando 1.300 homicídios nos primeiros 50 dias de 2025, segundo o El País. O foco dos crimes está na ação das muitas gangues ligadas a cartéis e máfias estrangeiras que impõem medo e ameaçam. Com pouco mais de 18 milhões de habitantes, pelo menos 20% estão desempregados ou na informalidade, o que reflete diretamente na economia, que teve queda de consumo. A retração econômica agravada por longos períodos de seca, que acarreta intermináveis apagões de energia.

O desabastecimento atinge o país todo, sem exceção, há regiões que chegam a ficar 14 horas sem energia. Aliada a essas questões, há, ainda a instabilidade política. Depois de um longo período com Rafael Correa, veio Guillermo Lasso, suspeito de corrupção. Antes de deixar o governo, ele antecipou as eleições para fugir do julgamento. Assim, Noboa assumiu o poder com a missão de ficar 15 meses. Nesse meio tempo, houve o assassinato de Fernando Villavicencio, ex-integrante da Assembleia Nacional, baleado na cabeça. Cinco pessoas foram condenadas pelo crime, inclusive uma mulher.

O embaixador brasileiro em Quito, Flávio Damico, afirmou ao Correio que ambos os candidatos têm interesse em estreitar relações com o Brasil. Segundo ele, há possibilidades de avanço em setores como os de energia renovável, mineração, água e saneamento, além das áreas de segurança, Forças Armadas e Polícia Federal. "Há um reconhecimento de todos do Brasil como líder regional", ressaltou o diplomata, que acompanha de perto as eleições. "O importante é que a decisão dos eleitores seja respeitada."

Participaram como observadores internacionais nas eleições o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal e Tribunal Superior Eleitoral, além dos advogados Bruno Martins, Miguel Dunshee, João Rafael e Renato Ribeiro e Guilherme Sturm, integrando a Transparencia Electoral. Martins presidiu o grupo.

FONTE/CRÉDITOS: Portal do Correio Braziliense
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