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Quinta-feira, 23 de Outubro de 2025

Notícias/Política

Eduardo Bolsonaro anuncia que vai se licenciar do mandato e ficar nos EUA para não ser preso por Alexandre de Moraes

Não há pedido de detenção contra o parlamentar no STF; ele afirma que 'homens de geleia' não estão acostumados a lidar com pessoas 'de convicção'.

Eduardo Bolsonaro anuncia que vai se licenciar do mandato e ficar nos EUA para não ser preso por Alexandre de Moraes
Reprodução/Goggle
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) decidiu se licenciar do mandato parlamentar e ficar nos Estados Unidos. Ele afirma que tomou a decisão "mais difícil" de sua vida porque pode ser preso por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Diz que o Brasil vive um período de exceção e que vai ficar nos Estados Unidos para buscar punição ao magistrado.

Afirma ainda que o pai, Jair Bolsonaro, pode ser preso e morto no cárcere por ser acusado de um golpe de Estado que, na opinião dele, é "da Disneylândia".

"Não é fácil saber que meu pai pode ser injustamente preso e talvez eu jamais tenha a chance de reencontrá-lo pessoalmente de novo. Não tenho dúvida de que o plano dos nossos inimigos é encarcerá-lo para assassiná-lo na prisão ou deixá-lo lá perpetuamente, assim como aconteceria com Donald Trump, caso não tivesse sido reeleito agora, em 2024", diz o parlamentar.

Eduardo, que já estava nos EUA há mais de 15 dias, afirma que seu mandato está sendo usado por Alexandre de Moraes como "cabresto, como ferramenta de chantagem e coação do regime de exceção, como instrumento para me prender e impedir que eu represente os melhores interesses para o meu país".

Na semana passada, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, e o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) entraram com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o passaporte de Eduardo Bolsonaro fosse apreendido por traição à pátria e por tentativa de constrangimento de autoridades da Corte. Não há, no entanto, pedido de prisão no STF contra ele.

Eduardo Bolsonaro disputava o cargo de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Os petistas argumentavam que, por ser um traidor do Brasil, ele não poderia assumir o cargo. Os parlamentares citam o fato de Eduardo Bolsonaro articular iniciativas contra Alexandre de Moraes nos EUA.

Em fevereiro, graças a uma movimentação do deputado, a Comissão Judiciária da Câmara dos Deputados dos EUA aprovou projeto de lei para que autoridades estrangeiras que limitem a liberdade de expressão sejam proibidas de entrar no território norte-americano.

Na semana passada, ele retornou a Washington pela quarta vez no ano para encontros com integrantes do governo americano como parte de uma ofensiva contra o magistrado. O pedido de cassação do passaporte de Eduardo Bolsonaro ainda será analisado por Alexandre de Moraes, que o enviou para parecer da Procuradoria-Geral da República.

O movimento dos petistas no STF em torno de seu passaporte detonou o gatilho para que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro pedisse licença do cargo.

"Como alguém pode esperar justiça vindo de um pedido para prender o meu passaporte feito por deputados do PT e encaminhado diretamente para as mãos do Alexandre de Moraes, sem sorteio ou distribuição? Ou seja, serei 'julgado' por um inimigo declarado, pela mesma pessoa que eu tenho denunciado aqui no exterior", afirma ele no mesmo vídeo. 

"Irei me licenciar sem remuneração para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos", afirma. Na verdade, não existe licença remunerada de parlamentar no Brasil, o que o impediria de seguir recebendo proventos. 

No vídeo, ele segue: "Aqui [nos EUA], poderei focar em buscar as justas punições que Alexandre de Moraes e a sua Gestapo da Polícia Federal merecem. Vocês, homens de geleia, pequenos e vaidosos, não estão acostumados a lidar como homens de convicção. Acharam que iam me chantagear com os benefícios e regalias do cargo. Não poderiam errar mais miseravelmente", segue.

"Seria mais confortável ficar quieto, recebendo um excelente salário e fingindo defender os paulistas e meus irmãos brasileiros, do que enfrentar esse sistema covarde e desumano. Mas eu não aceitei esse chamado para ter conforto ou comodidade. Eu aceitei esse chamado para defender os valores da nossa civilização. Aceitei essa vocação como um compromisso não só com a minha família e a minha nação, mas como uma aliança com Deus. Um voto de lealdade que apenas um homem com caráter e fé pode entender", afirmou ele em um vídeo postado em redes sociais.

FONTE/CRÉDITOS: Portal da Folha/Uol
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